sábado, 30 de agosto de 2014

Prepotência!




          Viver num processo onde a prepotência é predominante destrói a vontade de fazer a coisa certa, de se empenhar em desenvolver projetos, tira o foco da busca de resultados, afasta a competitividade, interfere na relação dos colaboradores, fadiga da relação coorporativa.
        Quando a prepotência vem de cima, daquelas pessoas que fazem as leis, ditam as regras, dos diretores e presidentes de órgãos públicos ou empresas, daqueles em que deveríamos nos espelhar, o desastre é ainda maior.
        Comandar, onde a prepotência torna-se o maior instrumento, corrói o principal sentimento nesta relação, desenvolve-se o sentimento da angústia, do menosprezo, da inferioridade, o reflexo do espelho se torna turvo, sem nitidez, perde-se a referência.
       Pre x Potência, uma força que se adquire e se aplica sobre aqueles que se acham fracos ou menores, com uma força desmedida ou despropósita. Seria a prepotência um elevador do ego? Uma força arrogante de caráter? Uma soberba de personalidade? Ou demonstra despreparo e fraqueza?
      Prepotência pode ser entendida também como falta de argumentação, falta de interesse em argumentar ou pior: a falta de interesse de ouvir e aceitar uma boa argumentação. A prepotência não aceita conselhos, sugestões nem críticas, pois o prepotente, este agente aplicador da prepotência, acha ter a certeza da superioridade, estes agentes tem a soberba como aliada de seu sucesso, onde acreditam ter alcançado ou levado seu empreendimento a alcançar por somente mérito seu, de sua forma de gerir, de seus atos e desprezando situações adversas passada, pessoas importantes, colaboradores importantes, ideias obtidas de outrem, como se tudo fosse somente alcançado pelo seu empenho e por suas atitudes tomadas.
      O prepotente está fadado ao fracasso, como a prepotência gera desconforto, queda, declínio, insatisfação, tudo ao seu redor começa a trincar, rachar, no inicio são fissuras pequenas quase que imperceptíveis, aos poucos vão se abrindo, começam a virar rachaduras, feridas que começam aparecer, causar dano, desconforto, falta de segurança, se alargam mais e em certo instante, viram uma fenda que leva toda a estrutura ao colapso. Pode demorar é verdade, afinal,  a prepotência cega, o agente não enxerga o mal, não tem consciência do dano que causa, mas toda ação tem uma reação, se a ação for negativa o resultado não pode ser positivo.
       Ao chegar ao topo, olhando para seu passado, de cima para baixo na escalada e caminhada de seu empreendimento, será que todo seu sucesso alcançado foi a todo tempo pautado sobre a prepotência? Nestas lembranças que faz agora, não foram as mais humildes que o levaram as maiores alegrias e maiores conquistas? Quando se misturava e caminhava junto com seus colaboradores, mesmo aqueles que hoje acham de menos importância ou expressão?
      Prepotência hoje, impotência amanhã, ainda da tempo de fechar a trinca, selar a rachadura.          Pense nisso!


Fernando Antunes.

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