sexta-feira, 1 de novembro de 2013


Vendedor Fundamentalista X Capitalista

Vivemos em uma época de mundos interligados e conectados num modelo global, mas ainda assim, com uma variedade cultural capaz de manter as posições de cada um de nós definidas. Nesta diversidade de cultura, gostaria de discutir e comparar modelos de postura de vendedores. Somos mais fundamentalistas ou capitalistas?

 Viver preso a velhos valores desgastados ou preso à concepção de valores que não se encaixam em um modelo mais contemporâneo, levam muitos profissionais a manter um relacionamento da mesma natureza com seu cliente e com a empresa para a qual representa.

Fundamentalistas são obcecados pelas mesmas coisas, intransigentes na negociação, inflexíveis nos pensamentos, incapazes de acompanhar as mudanças.

A falta de comunicação é um predominante desta cultura, uma falta de habilidade que compromete a essência do vendedor, princípio fundamental nas relações comerciais, a comunicação. Afinal, já dizia o saudoso Chacrinha, “quem não se comunica, se trumbica.” Frase que resume a forma literal da palavra e do modelo, fundamentalista.

Carro novo, cheiro bom!!!  Quem já não teve este prazer, ou já desfrutou de um prazer alheio ao andar em um carro novo, com o aroma peculiar da mistura de materiais plastificados e emborrachados novos do veículo?

Para mim, o cheiro, o aroma de um carro novo, representa quanticamente o modelo capitalista, de vanguarda, contemporâneo do novo profissional de vendas, o vendedor capitalista. Profissional este voltado para o mercado, com uma nova visão de negócio, focado na obtenção de resultado, cobertura de meta da empresa e em atingir metas pessoais. O modelo capitalista traz uma nova visão sobre a relação comercial entre o vendedor e o cliente, a comunicação passou a ser fundamental para esta relação, tanto diretamente vendedor x cliente como entre empresas x vendedor x cliente, cada vez mais, ferramenta indispensável desta cultura, interligada por e-mail, rádios, celulares, torpedos.

Não há espaço para a falta de comunicação, para a interação interpessoal. Há de se saber colocar diante de um cliente, com uma boa argumentação, explanação de seus produtos, promoções e condição de pagamento até o fechamento da negociação. Nesta cultura o saber ouvir também faz parte da comunicação, falar sozinho, transformar sua apresentação num monólogo não é uma boa comunicação, este ouvir depende de ser comunicação, do ir e vir, de ouvir e falar, de ensinar e saber aprender. Ouça mais, fale menos, não só na quantidade de falar, mais na qualidade do que fala. Seja objetivo, direcionado ao seu resultado, sua venda.

E o carro, porque entrou nesta conversa?!

O carro pra mim é um símbolo do Vendedor Capitalista=Contemporâneo, representa o desejo, a conquista, a ferramenta imprescindível, o prazer em família, a realização do ego, a paixão, a autoafirmação, a independência, a meta, o foco, o Sucesso.

Li uma frase dias destes, num carro velho reformado, uma Rural, linda. Dizia: “Bisavó da Cherokee”

Eu adoraria ter as duas,
Primeiro a Cherokee,
Depois a Rural reformada,
E você?!

Fernando Antunes.