Vendedor Fundamentalista X Capitalista
Vivemos em uma época de mundos interligados e
conectados num modelo global, mas ainda assim, com uma variedade cultural capaz
de manter as posições de cada um de nós definidas. Nesta diversidade de cultura,
gostaria de discutir e comparar modelos de postura de vendedores. Somos mais fundamentalistas
ou capitalistas?
Fundamentalistas são obcecados pelas mesmas coisas,
intransigentes na negociação, inflexíveis nos pensamentos, incapazes de
acompanhar as mudanças.
A falta de comunicação é um predominante desta
cultura, uma falta de habilidade que compromete a essência do vendedor,
princípio fundamental nas relações comerciais, a comunicação. Afinal, já dizia
o saudoso Chacrinha, “quem não se comunica, se trumbica.” Frase que resume a
forma literal da palavra e do modelo, fundamentalista.
Carro novo, cheiro bom!!! Quem já não teve este prazer, ou já desfrutou
de um prazer alheio ao andar em um carro novo, com o aroma peculiar da mistura
de materiais plastificados e emborrachados novos do veículo?
Para mim, o cheiro, o aroma de um carro novo,
representa quanticamente o modelo capitalista, de vanguarda, contemporâneo do
novo profissional de vendas, o vendedor capitalista. Profissional este voltado
para o mercado, com uma nova visão de negócio, focado na obtenção de resultado,
cobertura de meta da empresa e em atingir metas pessoais. O modelo capitalista
traz uma nova visão sobre a relação comercial entre o vendedor e o cliente, a
comunicação passou a ser fundamental para esta relação, tanto diretamente
vendedor x cliente como entre empresas x vendedor x cliente, cada vez mais,
ferramenta indispensável desta cultura, interligada por e-mail, rádios,
celulares, torpedos.
Não há espaço para a falta de comunicação, para a
interação interpessoal. Há de se saber colocar diante de um cliente, com uma
boa argumentação, explanação de seus produtos, promoções e condição de
pagamento até o fechamento da negociação. Nesta cultura o saber ouvir também
faz parte da comunicação, falar sozinho, transformar sua apresentação num
monólogo não é uma boa comunicação, este ouvir depende de ser comunicação, do
ir e vir, de ouvir e falar, de ensinar e saber aprender. Ouça mais, fale menos,
não só na quantidade de falar, mais na qualidade do que fala. Seja objetivo,
direcionado ao seu resultado, sua venda.
E o carro, porque entrou nesta conversa?!
O carro pra mim é um símbolo do Vendedor
Capitalista=Contemporâneo, representa o desejo, a conquista, a ferramenta imprescindível,
o prazer em família, a realização do ego, a paixão, a autoafirmação, a
independência, a meta, o foco, o Sucesso.
Li uma frase dias destes, num carro velho
reformado, uma Rural, linda. Dizia: “Bisavó da Cherokee”
Eu adoraria ter as duas,
Primeiro
a Cherokee,Depois a Rural reformada,
E você?!
Fernando Antunes.