Prepotência!
Viver num processo onde a prepotência
é predominante destrói a vontade de fazer a coisa certa, de se empenhar em
desenvolver projetos, tira o foco da busca de resultados, afasta a
competitividade, interfere na relação dos colaboradores, fadiga da relação
coorporativa.
Quando a prepotência vem de cima, daquelas
pessoas que fazem as leis, ditam as regras, dos diretores e presidentes de órgãos
públicos ou empresas, daqueles em que deveríamos nos espelhar, o desastre é
ainda maior.
Comandar,
onde a prepotência torna-se o maior instrumento, corrói o principal sentimento
nesta relação, desenvolve-se o sentimento da angústia, do menosprezo, da
inferioridade, o reflexo do espelho se torna turvo, sem nitidez, perde-se a
referência.
Pre x Potência, uma força que se adquire
e se aplica sobre aqueles que se acham fracos ou menores, com uma força
desmedida ou despropósita. Seria a prepotência um elevador do ego? Uma força
arrogante de caráter? Uma soberba de personalidade? Ou demonstra despreparo e
fraqueza?
Prepotência pode ser entendida também
como falta de argumentação, falta de interesse em argumentar ou pior: a falta
de interesse de ouvir e aceitar uma boa argumentação. A prepotência não aceita
conselhos, sugestões nem críticas, pois o prepotente, este agente aplicador da
prepotência, acha ter a certeza da superioridade, estes agentes tem a soberba
como aliada de seu sucesso, onde acreditam ter alcançado ou levado seu
empreendimento a alcançar por somente mérito seu, de sua forma de gerir, de
seus atos e desprezando situações adversas passada, pessoas importantes, colaboradores
importantes, ideias obtidas de outrem, como se tudo fosse somente alcançado
pelo seu empenho e por suas atitudes tomadas.
O prepotente está fadado ao fracasso, como
a prepotência gera desconforto, queda, declínio, insatisfação, tudo ao seu redor
começa a trincar, rachar, no inicio são fissuras pequenas quase que
imperceptíveis, aos poucos vão se abrindo, começam a virar rachaduras, feridas
que começam aparecer, causar dano, desconforto, falta de segurança, se alargam
mais e em certo instante, viram uma fenda que leva toda a estrutura ao colapso.
Pode demorar é verdade, afinal, a prepotência
cega, o agente não enxerga o mal, não tem consciência do dano que causa, mas toda
ação tem uma reação, se a ação for negativa o resultado não pode ser positivo.
Ao chegar ao topo, olhando para seu
passado, de cima para baixo na escalada e caminhada de seu empreendimento, será
que todo seu sucesso alcançado foi a todo tempo pautado sobre a prepotência?
Nestas lembranças que faz agora, não foram as mais humildes que o levaram as
maiores alegrias e maiores conquistas? Quando se misturava e caminhava junto
com seus colaboradores, mesmo aqueles que hoje acham de menos importância ou
expressão?
Prepotência hoje, impotência amanhã, ainda
da tempo de fechar a trinca, selar a rachadura. Pense nisso!
Fernando
Antunes.