Crise?!...Qual
Crise?!
Quem de nós já não passou por dificuldades
neste país ao longo de algumas décadas passadas? Quem já não as superou? Quem nelas
sucumbiu? Quem nelas prosperou?
As crises ou dificuldades
financeiras que um país passa se reflete num mau gerenciamento da coisa pública,
da falta de planejamento ou na forma politica de gerenciar os processos
políticos.
Enumerar aqui os motivos da crise não
é o meu propósito e sim o que desejo aqui é discutir, como empresas prosperam
em tempos de dificuldades e mais, como algumas fazem destas dificuldades trampolim
para crescimento e prosperidade. A maioria das empresas não faz planejamento
financeiro, vivem um dia pelo outro, fazem compras pensando na venda imediata
para liquidação dos títulos desta mesma compra, não trabalham com reserva, nem
com perspectiva de mercado, não trabalham produtos de maior giro para elevar o
caixa e nem programam as compras de produtos de menor giro para evitar o
esvaziamento do caixa. A programação na hora de comprar é tão importante quanto
à realização das vendas. Comprar é uma arte, afinal se ganha na compra e não na
venda, este ganho estimado deve estar orçado para que o planejamento de sua
empresa esteja dentro dos limites de gastos que você terá para absorver e gerar
lucro ainda, zerar não é tão ruim, mais não é o importante para se passar por
uma crise. Uma empresa deve além de
gerar lucro, reservar parte deste como capital de giro e reserva para ter “gordura
para queimar” ao atravessar trechos turbulentos num período de crise. Saber
comprar é fundamental, saber gerir sua empresa a mantendo enxuta, sem gastos
extras e não abdicar dos investimentos também é muito importante. Nem sempre
reduzir custos em pessoal é o melhor caminho, ficar sem corpo de venda em
tempos de baixas vendas é se sentenciar ao fracasso. Cortes podem ser prepostos
em várias etapas de seu negócio, como: redução de consumo de energia, redução de
gastos com alimentação, redução com material de trabalho, reorganização de
escala horária, recomposição salarial, mas reduzir o copo de vendas nunca. Se
em sua equipe de vendas existem profissionais ociosos e aparenta ter
colaboradores sem função, reinvente, que tal chegar num acordo num período
determinado de tempo, reduzindo o salário em carteira e recompondo este salário
com comissão sobre as vendas? Sim, diminui-se um pouco o salário em carteira,
faz-se um acordo evitando a demissão deste colaborador, e como proposta, por
exemplo, pagar um comissionamento maior sobre as vendas realizadas no período
acordado, isto irá gerar um maior empenho do colaborador em buscar as vendas
para sua empresa, aumentando o resultado para a empresa e para o colaborador, de
tal maneira que terá seu ganho real mantido. É um exemplo simples de como se
manter no mercado, de como realinhar as diretrizes da empresa em tempos de
dificuldades e até de como enxergar uma nova maneira de gerenciar a empresa,
isto pode levar a ganhos que sem a crise não poderia se pensar.
Em tempos, a crise nos serve para que
enxerguemos de maneira diferente a forma que vínhamos gerindo nossas empresas,
nos fazem criar novas formas de gerir e crescer e com certeza se pode tirar
proveito de momentos difíceis. Porque empresas grandes crescem em momentos de dificuldades?
Porque já passaram por momentos assim outrora, e o aprendizado da superação
destes momentos lhes fizeram enxergar novas diretrizes para suas empresas, tem
até alguns ditados fortes que algumas empresas usam, como: “... enquanto alguns
choram, nossa empresa vende lenço...”.
É mais ou menos por aí, não se
absorva da crise, não se envolva com a crise, não se acumplicie da crise,
busque suas soluções, seja pragmático, fiel aos seus princípios e mantenha-se
focado no resultado e a crise passará como uma onda e você surfará sobre sua
crista.
Fernando Antunes.